CEMITÉRIO SÃO FRANCISCO 


Fonte: Augusto César Magalhães - Consta na página 64 do nosso livro "Viagem pela história de Canindé": 
Com o aumento da população, passou-se a verificar algumas necessidades prementes da Vila, notadamente de natureza estrutural. Havia um pequeno cemitério, denominado São Francisco, que não mais atendia as necessidades do lugar. Muitos mortos eram sepultados na Matriz. A Câmara em sessão ordinária de 10 de abril de 1851, folhas 8, livro 2º, registrou o seguinte:

"Propôs o Sr. Presidente que achando-se há muito completo um cemitério nesta Vila, para sepultamento dos mortos, era de necessidade que essa Câmara criasse um postura que proibisse sepultamento na Matriz desta Vila. Posto em votação foi aprovado por unanimidade".

O Cemitério São Francisco que se achava completo já em 1851, ficava exatamente onde se acha hoje a Igreja de Nossa Senhora das Dores. Em 1877 houve um grande seca no Nordeste e o Imperador D. Pedro II criou várias frentes de serviços com a verba de "Socorros Públicos", para o que o povo pudesse trabalhar e receber seu sustento, ainda que precário. Canindé foi aquinhoado com quatro obras de grande relevância entre as quais a Igreja de Nossa Senhora das Dores. O cemitério foi demolido e sobre seus escombros a Igreja foi erguida. Na foto o historiador Francisco Magalhães Karam, verifica resto de ossadas humanas quando da reforma no pátio da Igreja que foi diminuindo nos anos 50, para desobstruir a rua.
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