PESSOAS ILUSTRES


Comentário de (Terezinha Tete Mendes) - Chiquinho Cardoso, Hidelbrano, Gilson Peninha, Jander Martins, Marcos Cordeiro, Toinho Honorato, Assis Vieira, Nêgo Wilson e Domingos Café.
Download
PESSOAS ILUSTRES


Comentário de (Augusto César Magalhães) - Ai tem também o Valber, Ana Magda, Eveline, Nenensão, Bié e Marcos Olavo. O Mascote e o Bareta não estão aí. Essa foto tem 30 anos, foi de 1982 quando o Magá foi candidato e perdeu para o Ivan Magalhães.
Download
PESSOAS ILUSTRES


Comentário de (Augusto César Magalhães) - Da esquerda para direita: Toinho Honorato, Caci, Chiquinho Cardoso, Mascote, Bosco Sobreira e Nande. As duas parecem que são familiares do Caci. Essa foto é de um antigo Festival de Música na Casa Paroquial. Canindé se ressente de não ter mais os grandes festivais. Ao invés de ter sido ampliado para um festival estadual ou até nordestino, simplesmente sumiu. Não é um descaso contemporâneo, há muito que Canindé escuida da cultura.
Download
BELA IMAGEM


Comentário de, Augusto César Magalhães - Essa foto é muito boa, è de fato a calçada da Basílica e ao fundo à direita o antigo prédio da Prefeitura que foi intendência. A casa onde é o Betinho eu ainda conheci na época do Sr,. Gilberto Martins e já era um sobrado. Aí portanto é anterior, presumo ser dos anos de1940.
Download
BELA IMAGEM 


Comentário de (Augusto César Magalhães) - Essa aí é rua Gervásio Martins. O primeiro nome dela foi Rua do Fogo (nome popular) em vrtude de um incêndio ocorrido na casa cedida aos "fogueteiros" que vinham fabricar rojões e "morteiros" para a Festa de São Francisco. Postriormente, em sessão ordinária da Câmara Municipal de 09 d abril de 1884, o nome foi mudado para "4 de outubro" em regozijo a data da libertação dos escravos em Canindé, ocorrida em 04 de outubro de 1883. Em 1904 o governador do Estado, Pedro Borges veio assistir uma novena em Canindé e ficou hospedado na casa do Sr. Antônio Magalhães; tempos depois ele faleceu e a Rua mudou de nome em sua homenagem, passando a chamar-se Pedro Borges. Anos depois a pedido do Cel. Antônio Martins, a rua teve o nome mudado para Martinho Rodrigues que foi o maior orador que a terra de São Francisco conheceu e foi deputado geral ( no Império) e Deputado Federal na república, atuando na primeira constituinte. ( afoto foi tirada da Igreja das Dores, rumo a Praça da Basílica).
Download
PRAÇA DO LEÃO


Praça dos leões construída na administração do Dr. Aramis, (1959-1963), depois reformada com o nome da Praça dos Leões, (César,226). Na foto aparecem, Ex Prefeito Weber Monteiro, Professor Flávio Ferreira Lima.
Download
AGRICULTORES VITIMAS DA SECA



Agricultores do sertão de Canindé, vítimas da seca concentrados em frente a Basílica de São Francisco, aguardando doações de alimentos. Foto dos arquivos de Chico Karan.
Download
CAPITÃO ARISTIDES RABELO


Comentário de  (Augusto Cesar) - Meu pensamento é retratar o conceito histórico que forjei sobre ele na minha mente, analisando as participações deles em diferentes períodos da história que os registros possam nos fornecer. É como se se buscasse um pouco da personalidade de uma pessoa que, evidentimente, nunca convivemos, através dos seus atos. Hoje falamos sobre o capitão Aristides Rabelo, amanhã sobre o Coronel João Francisco Barbosa Cordeiro que entre outras coisas, foi quem acolheu na fazenda Sâo Pedro um lote de "Camelos" vindo da Argélia Em 1859, o Governo Imperial (D. Pedro II), mandou uma missão científica ao Ceará para estudar a seca. Uma das alternativas sugeridas pela missão foi a importação de camelos, já que eles suportavam grandes cargas e superavam longas distâncias resistindo a fome e a sede. - 
Foram importados 14 camelos, a metade para Quixeramobim e a outra metade para Sobral. Os destinados à Sobral vieram para Canindé, acredito que por influência do Senador Vicente Alves de Paula Pessoa que era genro do Major Simão Barbosa Cordeiro. Também foram trazidos 4 mouros treinados para dar suporte a empreitada.


Em Canindé os camelos foram levados para Fazenda São Pedro, então pertencente a viuva do Ten. Gen. Simão Barbosa Cordeiro, D. Mariana Francisca de Paula Saraiva Bittencourt (mãe do Major Simão acima mencionado).


Os animais não resistiram, o problema não foi tanto o clima, mas o solo. Enquanto o do deserto onde eles estavam aclimatados era arenoso o daqui é rochoso e feria os cascos dos animais levando-os a morte. Assim o "navio do deserto" foi novamente substituído pelo sagrado jumento, hoje praticamente sem serventia, sem valor econômico e desprezado.
Em tempo: D. Mariana tinha avançada  idade nessa época, e a Fazenda São Pedro era administrada pelo seu filho Cel. João Francisco Barbosa Cordeiro. . Fonte: Augusto Cesar. Fonte: Augusto Cesar


CAPITÃO ARISTIDES RABELO


Canindeense da mais alta respeitabilidade foi o Capitão Aristides Rabelo. A seca de 1915 foi extremamente cruel com o Nordeste , de maneira particular com o Ceará (fielmente retratada no romance "O Quinze" de Rachel de Queiroz). 


Não existia de forma nenhuma a rede de proteção que dispomos hoje em que o governo assegura um mínimo capaz de dar sobrevivência aos desamparados. Naquela época, ao contrário, morria-se por inanição. Uma cidade cosmopolita e santuário como Canindé, recebia em épocas de calamidade, milhares de pessoas de todos os lugares que se somavam aos indigentes aqui existentes. 


O capitão Aristides não era o que se podia chamar de "um homem de posses", mas tinha uma família numerosa e era muito carismático e querido pelos seus e pela sociedade. Solicitou ajuda de parentes em todos os recantos do país e usou dos recursos que dispunha, organizando frentes de serviços para dar condição de vida aos flagelados da seca. Ao final do período, Canindé, que era muito pequena, tinha suas ruas calçadas de pedra tosca (checho rolado do rio). Como se vê, um espírito altruista, que muito fez pelos pobres e pelo município, exemplos edificantes que a história sepultou. Fonte: Augusto Cesar Magalhães.
Download
PROJETO MOBRAL


O Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) foi um projeto do governo brasileiro, criado pela Lei n° 5.379, de 15 de dezembro de 1967, e propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando "conduzir a pessoa humana a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida".

Criado e mantido pelo regime militar, durante anos, jovens e adultos frequentaram as aulas do MOBRAL, cujo objetivo era propocionar alfabetização e letramento a pessoas acima da idade escolar convencional. A recessão econômica iniciada nos anos oitenta inviabilizou a continuidade do MOBRAL, que demandava altos recursos para se manter. Seus Programas foram assim incorporados pela Fundação Educar.
Download
NASCIMENTO DE PETENCOSTES


Um belíssimo documentário datado de de 1862 a 1876 que retrata O nascimento de Pentecoste e fala em detalhes de um atalho para chegarem a algumas fazendas situadas na Freguesia de Canindé e a atração pelas terras férteis existentes nas margens dos rios Canindé, Curu e Capitão-Mor. Fonte - Do livro Pentecoste e sua História, de José de Anchieta e Silva.

Corria a ano de 1862, quando a cidade que tem hoje a denominação “PENTECOSTE”, não passava de uma vasta campina cercada de lembranças e coberta de relva, onde vagavam os animais em busca de alimento e do abrigo contra os ardentes raios do sol nas horas do meio-dia. Alguns transeuntes de passagem pela estrada que ligava São Francisco a Soure, procurando um atalho para chegarem em algumas fazendas situadas na Freguesia de Canindé, começaram a sentir atração pelas terras férteis existentes nas margens dos rios Canindé, Curu e Capitão-Mor. Havia uns poços na confluência do rio Canindé com o Curu, onde era grande a abundância de peixes. A fauna da região era de tal maneira que qualquer caçador habilidoso não precisava andar muito para conseguir os mais imponentes espécimes. Nas sombras dos juazeiros, malhavam as veados garapus, animals matreiros, sagazes, os quais sempre exigiam muita astúcia por parte do caçador para serem apanhados de surpresa. 

No emaranhado das moitas de cipó do rio encontravam-se as saracuras, a juriti, a preá, a gato mourisco e outras caças, umas preferidas por sua carne saborosa, outras pela pele silvestre. Os vaqueiros costumavam exercitar seus cavalos bons de gado praticando o esporte de correr atrás dos bandos de seriemas, uma ave pernalta que muita se assemelha ao peru, bastante conhecida nestes sertões. Nas lareiras próximas às várzeas do rio Capitão-Mor viviam os grandes grupos de jacus, a pomba-da-asa-branca, o carão, além dos diversos tipos de aves aquáticas encontradas nas lagoas. Algumas pessoas treinavam seus cães para a caça aos pebas, tatus, tamanduás, maritacacas, gatos maracajás e até onças. Na localidade denominada BARRINHA, próxima onde hoje se encontra a cidade sede do Municipio de Pentecoste, com mais de 15.000 habitantes, existia uma fazenda de propriedade de Francisco Carneiro de Azevedo. 

Naquela época, em 1862, algumas pessoas começaram a construir suas casas, fazendo crescer gradativamente o número de cidadãos e em cujas mentes predominava a idéia da edificação de uma igreja onde pudessem se congregar para mais convenientemente oferecerem a Deus as suas oraçöes e onde o Sacerdote que porventura percorresse estes sertões em desobriga, pudesse celebrar o Santo Sacrificio da Missa e distribuir a Pão Eucarístico até então distribuído por aqui nas casas de fazendas de Agostinho de Castro Moura e Francisco Carneiro de Azevedo, ambos conhecidos como pessoas abastadas e que gozavam de muita estima e grande prestigio perante a povo destas redondezas. Para fim tão louvável, procuravam todos um local onde se pudesse estender uma povoacão, o que não foi difícil pois o cidadão José Maria (Lopes Freire), morador no lugar Poço, Freguesia de Soure, possuidor de muitas terras nesta região, de muita boa vontade franqueou o terreno para a construção da igreja em qualquer parte que se julgasse conveniente. A promessa feita por aquele cidadão foi religiosamente cumprida por seu genro o capitão Francisco Carneiro de Azevedo, casado com Da. Ana Libânia de Azevedo, os quais fizeram doação a Nossa Senhora da Conceição, do quadro ocupado pela Igreja que serve hoje de Matriz, e pelas ruas que rodeiam a mesma Igreja.
Naquele tempo o cidadão Bernardino Gomes Bezerra, profundo conhecedor destes campos e sendo bem relacionado com o povo, vinha planejando já algum tempo, construir uma casa de campo onde pudesse vez por outra vir passar dias com sua familia. Em agosto de 1862, dito cidadão vindo de um sítio na praia onde residia, chegando ao local já à noite, arranchou-se com a familia debaixo de umas oiticicas existentes ao lado esquerdo do rio Canindé, ao poente do local onde hoje localiza-se a cidade. No dia seguinte pela manhã, visitou o local que estava reservado para a construção da Igreja. Bernardino Gomes Bezerra, era pedreiro, e sentindo a aproximação da estação invernosa, resolveu construir uma casa de tijolos ao lado do poente do local reservado à Igreja, a fim de trazer a família para passar o inverno. Esta casa, enquanto não foi erigida a Igreja, servia de rancho aos Sacerdotes que vez por outra vinham em desobriga, pois era a única casa existente em Pentecoste naquela época. Certo dia, aproveitando a passagem do Pe. Francisco da Rocha, Bernardino consultou-o sobre a posição da Igreja a ser construida. Instruído a este respeito, aquele cidadão de comum acordo com o Capitão Francisco Carneiro de Azevedo e outros homens interessados, assentou os alicerces da Igreja, cuja primeira pedra foi colocada no dia 8 de janeiro de 1864, pelo Pe. Manuel Ribeiro, Capelão da Povoação de Jacu, Capela Filial da Matriz de Canindé. Os trabalhos foram iniciados imediatamente, e ainda no ano de 1864 a Igreja já se achava em ponto de ser celebrado o Sacrificio da Missa, o que aconteceu, tendo o Pe. Manuel Lins benzido-a e celebrado a primeira missa no dia de Pentecostes.

A exemplo de Bernardino, os habitantes da localidade foram edificando suas casas em alinhamento, e por esta forma estava levantada a igreja e iniciada a Povoação que tomou a nome de BARRA, por causa dos rios Curu e Canindé encontrarem-se a menos de um quilometro de distância do Povoado e formarem em suas embocaduras um grande poço com a denominação “Poço-da-Barra”.

Após a celebração da Missa, o Padre Manuel Lins aproveitando a oportunidade enquanto o povo ainda se achava aglomerado, depois de pedir que se fizesse silêncio, repetiu várias frases proferidas por ocasião da homilia pregada durante a celebração da Missa sobre a festa do Divino Espírito Santo, pedindo ao povo que para servir de memória àquele dia, o lugar fosse mudado de nome, isto é; de Barra para Pentecostes. A proposta foi aceita por unanimidade muito embora tenha se passado algum tempo sendo a povoacão chamada pelos dois nomes, isto é, Barra e Pentecostes, tendo havido um erro de imprensa quando foi registrado oficialmente o nome do municipio pois foi omitido o “S”, e finalmente Pentecoste não tem o verdadeiro sentido da palavra desejada pelo Padre Manuel Lins, mas mesmo assim o Divino Espírito Santo vem abençoando e derramando graças sobre o município fazendo-o crescer e desenvolver-se a passos de gigante.

Com aquela capelinha embora apenas começada, os habitantes do lugar tinham conseguido em parte seus objetivos. Restava agora conseguir a vinda de um Padre para se colocar à frente, a fim de melhor estimular a continuação dos serviços da igreja e o desenvolvimento do lugar. Enquanto porém não conseguiam um Padre que se sujeitasse a vir morar na nova povoação, o povo ia conseguindo um todos os anos por ocasião da Páscoa e da festa do Natal, não só pelo dever religioso mas também com o objetivo de por meio do movimento festivo principalmente no Natal, angariar alguns donativos em benefício da continuação dos trabalhos da igreja.

De 1864 a 1867 vieram celebrar as missas do Nascimento, os Padres Hipólito Gomes Brasil, José da Cunha Ferreira e Luis Vieira Perdigão. Este último, tendo vindo em 1867, não se quis demorar, retirando-se o mais depressa possivel com medo de ser atingido por uma febre de mau caráter que vinha grassando e fazendo vítimas na região.

Em 1867, já existindo um certo número de casas de tijolos, o Padre José Ferreira de Sousa juntamente com o povo, conseguiu a criação de uma cadeira tendo sido a dita cadeira provida pelo Professor Raimundo Eugênio de Sousa que a regeu até 1869.

Como continuava crescendo o número de pesoas bem como a de casas construídas, o povo foi se entusiasmando e alimentando esperança de elevarem a povoação à categoria de Freguesia. Esta pretensão motivou certa rivalidade por parte do povo de Jacu, povoado antigo que por isto mesmo alegava mais direito de passar a Freguesia visto ser Pentecoste um povoado novo que acabava de surgir. Por esta causa os jacuenses promoveram certa perseguição, não perdendo ensejo de notificar toda e qualquer medida que neste sentido tomavam os habitantes da nova povoação. Cada um dos ditos povoados por sua vez, encarecia suas vantagens para alcançar a preferência um ao outro, ficando assim o vencido sujeito ao vencedor na qualidade de capela filial. Importando porém a ambos este melhoramento, nenhum deles podia ser juiz em sua própria casa e cada qual tratava de engradecer sua localidade para melhor merecer o apoio no seio do Parlamento da Província e aprovação do mui digno Prelado Diocesano, visto que naquele tempo a igreja tinha muita influência nos setores civis administrativos. Com efeito a questão foi resolvida quando certo dia D. Luis Antonio dos Santos, Bispo da Diocese, de passagem em visita pastoral pela zona norte do Estado, teve de demorar em Pentecoste seguindo depois para o Jacu. Tomando conhecimento das rivalidades entre os habitantes das duas povoações, examinando bem os terrenos e a posição topográfica de ambos, declarou publicamente que Pentecoste dispunha de melhores condições para ser a sede da Freguesia, pelo seu solo fértil, relevo do terreno e vasta área apropriada para o desenvolvimento da agricultura e pecuária, enquanto as qualidades do solo da povoaçäo do Jacu tornavam-se inferiores em quase todos os pontos, destacando-se apenas algumas áreas apropriadas para a criacão do gado.

Do livro Pentecoste e sua História, de José de Anchieta e Silva.
Download