CEMITÉRIO SUBTERRÂNEO


O SEGREDO E REVELAÇOES SOBRE A PRIMITIVA CASA DOS MORTOS DA VILA DO CANINDÉ, AO REFORMA DO PATAMAR DA IGREJA N.S, DAS DORES REVELA A EXISTENCIA DA ANTIGA NECRÓPOLE. Fonte - Chico Karam
Revela segredos sobre a primitiva Casa dos mortos da Vila Canindé “O primeiro Cemitério de Canindé”.
Quando em Junho de 1955 O vigário da Paróquia de São Francisco Frei Policarpo Cornéllius Mandou fazer uma reforma no Patamar da Igreja Nossa Senhora Das Dores com a escavação e remoção de dezenas de metros cúbicos de terra, para o afastamento do patamar, muitos ossos fragmentados foram encontrados, vendo-se vestígios do velho Cemitério, comprovando que ali, em eras remotas existiu um cemitério que serviu durante muitos anos, para o enterramento dos mortos da antiga vila de Canindé, este somente fora extinto para dar lugar a construção do atual templo católico, no ultimo quartel do século dezenove.
O PRIMEIRO CEMITÉRIO DE CANINDÉ

Esta terra esta polvilhada de fragmentos ósseos dos que ai repousam há mais de 100 anos
TEXTO E FOTOS DE F. KARAM.
O dinâmico vigário de Canindé, Frei Policarpo Cornellius, juntou alguns tostões, pegou no dinheiro que estava destinado a, construção do tumulo das Filhas de Maria, arranjado por estas por intermédio de uma subscrição popular, trocou tudo por mosaico e cimento, e se propõe, agora, dotar de novo e moderno piso o patamar do vetusto templo de N.S. das Dores. É plano seu, também, demolir os parapeitos que cercam o adro da igreja e que so servem para, durante as missas e novenas, darem assento aqueles que vão ali conversar e fumar. Longos batentes de cimento darão acesso à igreja também pelas laterais. Como a área a mosaicar seja muito grande, a titulo de economia, o vigário vai recuá-la alguns metros, beneficiando, assim, o fim da rua Martins Rodrigues que ficara com sua esquina mais ampla.
Na manhã de sol do dia 5 de junho as picaretas e pás começaram a funcionar, iniciando as abras. Foi removido, primeiramente, todo o velho piso de tijolo irregular que, nos dias de chuva, formava caprichosas poças dagua. Logo após começou o trabalho de desagregação dos parapeitos de tão cara e querida tradição. Por fim desceram ao grosso do serviço com a escavação e remoção de dezenas de metros cúbicos de terra, para o afastamento do patamar.
Aspectos das escavações vendo-se vestígios do velho cemitério

O CEMITÉRIO SUBTERRÂNEO
Existiu, ali, em eras remotas, um cemitério que serviu, durante longos anos, para o enterramento dos mortos da antiga Vila de Canindé. Este somente fora extinto para dar lugar à construção do atual templo católico, no ultimo quartel do século dezenove.
Não se sabe precisar o inicio da ereção da igreja, mas reza a tradição oral que em 1877, no ano da grande seca, a obra fora paralisada, na altura correspondente ao levantamento das torres. Desta forma, também não se pode avaliar a data do fechamento do referido cemitério. Fato e que existiu e funcionou ate mesmo depois da construção do outro, heroicamente ainda de pé e também há muito tempo fechado.
Mulo diferente dos outros, em solidez ou construção. Nenhuma placa, nenhuma cruz. Sós tijolos, terra e fragmentos de ossos. Buracos que se abriam no chão ao impacto da picareta, esqueletos que se desfaziam ao mais leve contacto da mão operaria. Nenhum pequeno indicio de que tenha existido ali algum tumulo de memores. É aqui onde cabe uma enigmática indagação. Onde estarão sepultados os ricaços ou membros das tradicionais famílias da terra? Na Matriz ou nesse cemitério? Terá algum corpo dali, sido posteriormente transladado, para atual cemitério de São Miguel?
Convimos, no entanto, que quando da construção da Igreja, os ossos encontrados nesse cemitério deveriam ter sido guardado num ossuário na nova necrópole . Essa medida foi adotada em Fortaleza, quando se pretendeu dar acolhimento digno aos despojos encontrado no antigo cemitério da capital, no local onde hoje se levanta a Estação Ferroviária, na Praça Castro Carreira.
Muitos ossos fragmentados foram encontrados ainda, agora .E, se mistura com terra e banda de tijolos, foram servir de aterro a construção do Abrigo dos Romeiros, na rua Paulino Barroso. Que fiquem dispersos até o juízo Final....
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